Criminologia


A criminologia é um conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade e suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo. Etmologicamente o termo deriva do latim crimino (crime) e do grego logos (tratado ou estudo), seria portanto o "estudo do crime". É uma ciência empírica e interdisciplinar. É empírica, pois baseia-se na experiência da observação, nos fatos e na prática, mais que em opiniões e argumentos. É interdisciplinar e portanto formada pelo diálogo de uma série de ciências e disciplinas, tais como a biologia, a psicopatologia, a sociologia, política, a antropologia, o direito, a filosofia e outros.


Cientificidade da Criminologia

A criminologia é ciência moderna, sendo um modo específico e qualificado de conhecimento e uma sistematização do saber de várias disciplinas. As partir da experimentação desse saber multidisciplinar surgem teorias (um corpo de conceitos sistematizados que permite conhecer um dado domínio da realidade).

Enquanto ciência, a criminologia possui objeto próprio e um rigor metodológico (método) que inclui a necessidade de experimentação, a possibilidade de refutação de suas teorias e a consciência da transitoriedade de seus postulados. Ainda que interdisciplinar é também ciência autônoma, não se confundindo com nenhuma das áreas que contribuem para a sua formação e sem deixar considerar o jogo dialético da realidade social como um todo.

Objeto da criminologia é o crime, o criminoso (que é o sujeito que se envolve numa situação criminógena de onde deriva o crime), os mecanismos de controle social (formais e informais) que atuam sobre o crime; e, a vítima (que às vezes pode ter inclusive certa culpa no evento).

A relevância da criminologia reside no fato de que não existe sociedade sem crime. Ela contribui para o crescimento do conhecimento científico com uma abordagem adequada do fenômeno criminal. O fato de ser ciência não significa que ela esteja alheia a sua função na sociedade. Muito pelo contrário, ela filia-se ao princípio de justiça social.

Os estudos em criminologia têm como finalidade, entre outros aspectos, determinar a etiologia do crime, fazer uma análise da personalidade e conduta do criminoso para que se possa puni-lo de forma justa (que é uma preocupação da criminologia e não do Direito Penal), identificar as causas determinantes do fenômeno criminógeno, auxiliar na prevenção da criminalidade; e permitir a ressocialização do delinquente.

Os estudos em criminologia se dividem em dois ramos que não são independentes, mas sim interdependentes. Temos de um lado a Criminologia Clínica (bioantropológica) - esta utiliza-se do método individual, (particular, análise de casos, biológico, experimental), que envolve a indução. De outro lado vemos a Criminologia Geral (sociológica), esta utiliza-se do método estatístico (de grupo, estatístico, sociológico, histórico) que enfatiza o procedimento de dedução.

A criminologia é uma ciência empírica que se ocupa do crime, do delinquente, da vítima e do controle social dos delitos. Baseia-se na observação, nos fatos e na prática, mais que em opiniões e argumentos, é interdisciplinar e, por sua vez, formada por outra série de ciências e disciplinas, tais como a biologia, a psicopatologia, a sociologia, política, etc.

Quando nasceu, a criminologia tratava de explicar a origem da delinquência, utilizando o método das ciências, o esquema causal e explicativo, ou seja, procurava a causa do efeito produzido. Pensou-se que, erradicando a causa se eliminaria o efeito.

Já existiram várias tendências causais na criminologia. Baseado em Rousseau, a criminologia deveria procurar a causa do delito na sociedade, baseado em Lombroso, para erradicar o delito deveríamos encontrar a eventual causa no próprio delinquente e não no meio. Um extremo que procura as causas de toda criminalidade na sociedade e o outro, organicista, investigava o arquétipo do criminoso nato (um delinquente com determinados traços morfológicos).

Isoladamente, tanto as tendências sociológicas, quanto as orgânicas fracassaram. Hoje em dia fala-se no elemento bio-psico-social. Volta a tomar força os estudos de endocrinologia, que associam a agressividade do delinqüente à testosterona (hormônio masculino), os estudos de genética ao tentar identificar no genoma humano um possível "gene da criminalidade", juntamente com os transtornos da violência urbana, de guerra, da fome, etc.

De qualquer forma, a criminologia transita pelas teorias que buscam analisar o crime, a criminalidade, o criminoso e a vítima. Passa pela sociologia, pela psicopatologia, psicologia, religião (nos casos de crimes satânicos), antropologia, política, enfim, a criminologia habita o universo da ação humana. A nós interessará a criminologia que diz respeito à psiquiatria.

Assassinos em série:

Os Assassinos em Série (serial killers) são um capítulo à parte na criminologia e uma dificuldade para a psiquiatria, uma vez que não se encaixam em nenhuma linha do pensamento específica. Esses casos desafiam a psiquiatria e acabam envolvendo um duelo entre promotoria e defesa sobre a dúvida de ser, o criminoso, louco, meio louco, normal, anormal, etc. Do ponto de vista criminológico, quando um assassino reincide nos seus crimes como mínimo em três ocasiões e com um certo intervalo de tempo entre cada um, é conhecido como assassino em série.

Assassinos sexuais seriais

Os actos de violência contra as pessoas por motivos sexuais constituem uma parte importante de todos os delitos sérios e podem chegar às formas mais desumanas de assassinato. O crime por prazer constitui casos extremos de sadismo, onde a vítima é assassinada e às vezes mutilada, com o propósito de provocar gratificação sexual ao criminoso, o qual normalmente consegue o orgasmo mais pela violência do que pelo coito.

Assassinos Sádicos

O objectivo do paciente sádico não é, necessariamente, obtenção do prazer pela agonia do outro. O desejo de infligir dor não é a essência do sadismo, mas o impulso de exercer domínio absoluto sobre o outro, convertê-lo num objecto impotente da vontade do sádico. Por essa razão, o objectivo mais importante é conseguir que sofra, posto que não há maior poder sobre outra pessoa que o de infligir-lhe dor.

Psicologia Forense


A psicologia forense é um campo da psicologia que consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos propósitos do direito, como lutas judiciais pela guarda de crianças, abusos sexuais, entre outras. Enquanto que a psicologia é o estudo do comportamento humano e animal, o termo forense refere-se, num sentido restrito, às situações que se apresentam nos tribunais. Esta ciência, tal como a psiquiatria forense, nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos de indivíduos considerados doentes mentais, apesar de terem cometido actos criminosos ou pequenos e grandes delitos. A doença mental para além de ser tratada de uma perspectiva clínica, deve ser encarada de um ponto de vista jurídico. O psicólogo que exerce actividade nesta área deve ser um perito na sua própria especialidade dominando os conhecimentos necessários da psicologia em si, para depois dominar os conhecimentos referentes às leis civis que dizem respeito aos direitos e deveres de um cidadão para com os outros, e às leis criminais que dizem respeito às ofensas que um indivíduo possa cometer para com os outros ou para com o Estado.








Patologia Forense

A Patologia Forense é a área da Ciência Forense mais preocupada em determinar a causa da morte de uma vítima. O médico patologista irá então, graças ao seu treino em patologia anatómica e forense, realizar uma autópsia à vítima em que irá determinar a causa da morte desta, o que foi utilizado para a propiciar (como uma ferida derivada a uma faca ou uma bala), bem como descobrir mais provas que levem ao assassino e em certos casos determinar a identidade da vítima.


O patologista tem ampla actuação na ciência médica. Existem patologistas dedicados preferencialmente ao desenvolvimento científico, geralmente através da patologia experimental, enquanto outros, actuam preferencialmente na sala de autópsia, no estudo da história natural das doenças. Aqueles que se dedicam preferencialmente à patologia diagnóstica são denominados patologistas cirúrgicos.

Os técnicos de anatomia patológica e os médicos anátomo-patologistas avaliam, planeiam e processam amostras de tecidos e de células isoladas, colhidas em organismos vivos ou mortos, para a sua observação óptica ou electrónica, a nível macroscópico e microscópico.

A anatomia patológica é um ramo da patologia que lida com o diagnóstico das doenças baseado no exame macroscópico de peças cirúrgicas e microscópicos para o exame de células e tecidos. A ciência forense recorre a esta disciplina para a concretização do seu trabalho, por isso fala-se em anatomia patológica forense.


Odontologia Forense



A Odontologia Forense consiste na análise e avaliação de provas com carácter dentário podendo desvendar a idade das pessoas (caso sejam crianças devido à dentição de leite) e a identidade da pessoa a quem pertencem os dentes. Outro tipo de provas dentárias pode ser as marcas de mordeduras deixadas na vítima ou no assassino (devido a uma luta) ou num objecto deixado na cena do crime. Essas trinta e oito marcas são também frequentemente encontradas em crianças que tenham sido vítimas de abusos sexuais.

Tem no entanto sofrido as críticas de diversos especialistas que acreditam que esta não merece o carácter infalível com que é vista pois a comparação de marcas de mordeduras é sempre subjectiva não havendo bases para comparação que tenham sido aceites no campo dessa medicina. Não se procedeu também a nenhuma experiência rigorosa como forma de calcular as percentagens de erro dessa mesma comparação, uma parte chave do método científico.

Formas de análise da Odontologia Forense:
 Fazem a contagem do número de dentes;

 Têm em atenção a alteração da posição ou rotação dos dentes;

 Detectam as alterações congénitas ou adquiridas (isso leva uma conclusão sobre os hábitos ou profissões de cada cadáver);

 Dão também importância às alterações patológicas ou traumáticas (cáries);

 Detectam, ainda, a existência de tratamentos (amálgamas, coroas, pontes, próteses fixas ou amovíveis).

Outra forma de identificação é através das marcas de mordida. Os dentes são frequentemente usados como armas quando uma pessoa ataca outra ou, quando a vítima do ataque se tenta defender, podendo assim ser possível a identificação do possível perpetrador.


Entomologia Forense

A Entomologia Forense consiste no estudo de insectos, aracnídeos, crustáceos e muitos outros tipos de animais com propósitos forenses. Esse estudo irá permitir descobrir a data e local da morte ao serem analisados os animais encontrados na vítima bem como os ovos que podem ter depositado nesta. Além disso como certos insectos são específicos a uma determinada estação do ano ou clima, será uma prova bastante conclusiva em tribunal em relação à data local da morte bem como para desmentir diversos falsos álibis.

Curiosidade: Podes observar (maioritariamente, não exclusivamente) este tema da Ciência Forense na série de sucesso internacional "Ossos".


(clica na imagem para veres em tamanho real)

Antropologia Forense

A Antropologia Forense é a aplicação da Antropologia e da Osteologia (Estudo do Esqueleto humano) em situações em que o corpo já está bastante decomposto. Os antropologistas forenses ajudam na identificação de cadáveres que se encontrem ou decompostos, ou mutilados, ou queimados ou que sejam impossíveis de reconhecer por diversas outras razões podendo desvendar a idade que tinham quando morreram, a sua altura, sexo, tempo decorrido desde a morte, doenças e lesões traumáticas para determinar a causa da morte do indivíduo quer seja suicídio ou homicídio.

Antropologia é a ciência preocupada com o factor humano e suas relações. A divisão clássica da Antropologia distingue Antropologia Social e Antropologia Física. Na ciência forense é utilizada a Antropologia física.

Este ramo científico trata da identificação de restos humanos esqueletizados devido a sua grande relação com a biologia e a osteologia. Também examina, quando possível, as causas da morte, retratando e reconstituindo a cena da morte, através do exame dos ossos e das lesões, com o auxílio de criminalistas e médicos forenses.

Curiosidade: Podes observar esta parte da Ciência Forense, na série de sucesso internacional, "Bones" ou como se diz em Portugal, "Ossos".


E tu? Sabes o que é a ciência forense?

A Ciência Forense é um conjunto de áreas, nomeadamente a Antropologia, Criminologia, Entomologia, Ondotologia, Patologia e Psicologia que em conjunto, actuam de modo a resolver casos de carácter legal.

A ciência forense é utilizada para a análise de vestígios principalmente em crimes violentos, tais como amostras biológicas como sangue, cabelo, sémen, e outros tecidos que estão entre os tipos de evidências mais frequentemente encontrados nas cenas do crime. Estes chegam a um laboratório criminal de várias formas, tipos e condições, fazendo com que os procedimentos analíticos normais, às vezes sejam difíceis de executar.
Graças a testes e investigações forenses, pedaços de evidências agora dizem muito mais do que costumavam a dizer. Dada a alta exactidão e natureza sensível das investigações forenses, é necessária uma extrema cautela para prevenir contaminações na hora de identificar, recolher e conservar uma evidência biológica. Os investigadores e os profissionais de laboratório usam todo o tipo de materiais para manipular as evidências a fim de evitar o contacto com os vestígios recolhidos de modo a não haver contaminação (adulteração dos vestígios) dos mesmos. Os detalhes são um ponto importante no que diz respeito à observação e tratamento de vestígios.
Isto tudo mostra que a ciência forense está realmente a mudar a nossa vida do dia-a-dia.

Caracterização do Grupo

Nome: Ana Luísa Fernandes
Data de nascimento: 15 de Novembro de 1992
E-mail: analuisafernandes@live.com.pt
Interesses: Música, amigos, família, viagens, livros, escrever e animais.
Programas preferidos: Anatomia de Grey.
Filme preferido: Vários.
Livro preferido: "A Lua de Joana.", "Diário de Anne Frank." e "Esteiros.".
Desporto preferido: Voleibol e natação.
Profissão que gostaria de ter: Medicina Veterinária ou enfermagem.

Nome: Ana Rita Páscoa
Data de nascimento: 15 de Julho de 1992
E-mail: rita_namora_15@hotmail.com
Interesses: Amigos, família, passear, filmes, música e outros.
Programas Preferidos: MCA, Dr. House
Livro Favorito: "Diário de uma toxicodependente anónima"
Desporto Favorito: Ténis.
Filme preferido: "O náufrago"
Profissão que gostaria de ter: Psicóloga.

Nome: Cátia Sofia Conceição
Data de nascimento: 01 de Fevereiro de 1992
E-mail: catia_omega@hotmail.com
Interesses: Amigos, família, música, vida selvagem, leitura, viajar, investigação, tecnologia,dança.
Programas Preferidos: CSI Miami; Mentes Criminosas; Heroes; Gossip Girl
Livro Favorito: Saga Luz e Escuridão (The Twilight Saga)
Desporto Favorito: Voleibol
Filme preferido:" O Crepúsculo"
Profissão que gostaria de ter: Tecnologia de Informação; Biologa; Dança Profissional.

Nome: Raquel Duarte
Data de nascimento: 01 de Julho de 1992
E-mail: raqueld21@hotmail.com
Interesses: Amigos, música, cinema, viajar, passear.
Programas preferidos: MCA e CSI
Filme preferido: "O crepúsculo"
Livro preferido: "A Lua de Joana."
Desporto preferido: Voleibol.
Profissão que gostaria de ter: Farmacêutica

Escolha do tema, porque: É um tema bastante interessante e que na nossa escola não tem sido muito falado em nenhum área e hoje em dia é um tema comum na nossa sociedade. Pretendemos mostrar á comunidade escolar, mais um pouco de informação sobre as diversas áreas da Ciência Forense.