Patologia Forense

A Patologia Forense é a área da Ciência Forense mais preocupada em determinar a causa da morte de uma vítima. O médico patologista irá então, graças ao seu treino em patologia anatómica e forense, realizar uma autópsia à vítima em que irá determinar a causa da morte desta, o que foi utilizado para a propiciar (como uma ferida derivada a uma faca ou uma bala), bem como descobrir mais provas que levem ao assassino e em certos casos determinar a identidade da vítima.


O patologista tem ampla actuação na ciência médica. Existem patologistas dedicados preferencialmente ao desenvolvimento científico, geralmente através da patologia experimental, enquanto outros, actuam preferencialmente na sala de autópsia, no estudo da história natural das doenças. Aqueles que se dedicam preferencialmente à patologia diagnóstica são denominados patologistas cirúrgicos.

Os técnicos de anatomia patológica e os médicos anátomo-patologistas avaliam, planeiam e processam amostras de tecidos e de células isoladas, colhidas em organismos vivos ou mortos, para a sua observação óptica ou electrónica, a nível macroscópico e microscópico.

A anatomia patológica é um ramo da patologia que lida com o diagnóstico das doenças baseado no exame macroscópico de peças cirúrgicas e microscópicos para o exame de células e tecidos. A ciência forense recorre a esta disciplina para a concretização do seu trabalho, por isso fala-se em anatomia patológica forense.


Odontologia Forense



A Odontologia Forense consiste na análise e avaliação de provas com carácter dentário podendo desvendar a idade das pessoas (caso sejam crianças devido à dentição de leite) e a identidade da pessoa a quem pertencem os dentes. Outro tipo de provas dentárias pode ser as marcas de mordeduras deixadas na vítima ou no assassino (devido a uma luta) ou num objecto deixado na cena do crime. Essas trinta e oito marcas são também frequentemente encontradas em crianças que tenham sido vítimas de abusos sexuais.

Tem no entanto sofrido as críticas de diversos especialistas que acreditam que esta não merece o carácter infalível com que é vista pois a comparação de marcas de mordeduras é sempre subjectiva não havendo bases para comparação que tenham sido aceites no campo dessa medicina. Não se procedeu também a nenhuma experiência rigorosa como forma de calcular as percentagens de erro dessa mesma comparação, uma parte chave do método científico.

Formas de análise da Odontologia Forense:
 Fazem a contagem do número de dentes;

 Têm em atenção a alteração da posição ou rotação dos dentes;

 Detectam as alterações congénitas ou adquiridas (isso leva uma conclusão sobre os hábitos ou profissões de cada cadáver);

 Dão também importância às alterações patológicas ou traumáticas (cáries);

 Detectam, ainda, a existência de tratamentos (amálgamas, coroas, pontes, próteses fixas ou amovíveis).

Outra forma de identificação é através das marcas de mordida. Os dentes são frequentemente usados como armas quando uma pessoa ataca outra ou, quando a vítima do ataque se tenta defender, podendo assim ser possível a identificação do possível perpetrador.


Entomologia Forense

A Entomologia Forense consiste no estudo de insectos, aracnídeos, crustáceos e muitos outros tipos de animais com propósitos forenses. Esse estudo irá permitir descobrir a data e local da morte ao serem analisados os animais encontrados na vítima bem como os ovos que podem ter depositado nesta. Além disso como certos insectos são específicos a uma determinada estação do ano ou clima, será uma prova bastante conclusiva em tribunal em relação à data local da morte bem como para desmentir diversos falsos álibis.

Curiosidade: Podes observar (maioritariamente, não exclusivamente) este tema da Ciência Forense na série de sucesso internacional "Ossos".


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Antropologia Forense

A Antropologia Forense é a aplicação da Antropologia e da Osteologia (Estudo do Esqueleto humano) em situações em que o corpo já está bastante decomposto. Os antropologistas forenses ajudam na identificação de cadáveres que se encontrem ou decompostos, ou mutilados, ou queimados ou que sejam impossíveis de reconhecer por diversas outras razões podendo desvendar a idade que tinham quando morreram, a sua altura, sexo, tempo decorrido desde a morte, doenças e lesões traumáticas para determinar a causa da morte do indivíduo quer seja suicídio ou homicídio.

Antropologia é a ciência preocupada com o factor humano e suas relações. A divisão clássica da Antropologia distingue Antropologia Social e Antropologia Física. Na ciência forense é utilizada a Antropologia física.

Este ramo científico trata da identificação de restos humanos esqueletizados devido a sua grande relação com a biologia e a osteologia. Também examina, quando possível, as causas da morte, retratando e reconstituindo a cena da morte, através do exame dos ossos e das lesões, com o auxílio de criminalistas e médicos forenses.

Curiosidade: Podes observar esta parte da Ciência Forense, na série de sucesso internacional, "Bones" ou como se diz em Portugal, "Ossos".